Publicada em 27/04/2011 às 00h05m
BRASÍLIA - Sem alarde, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, iniciou um processo de convencimento da oposição para aprovar o projeto de criação da Comissão Nacional da Verdade no Congresso.
Jobim reuniu em seu gabinete cinco líderes opositores, fez uma apresentação do projeto, argumentou que a comissão tem o apoio dos três comandos das Forças Armadas e da Secretaria Especial de Direitos Humanos.
A comissão terá poder para investigar casos de morte e desaparecimento durante a ditadura, mas sem punir responsáveis. Compareceram ao encontro com Jobim, em 30 de março, os deputados e líderes Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM), Duarte Nogueira (PSDB), Rubens Bueno (PPS), Paulo Abi-Ackel (Minoria) e Sarney Filho (PV).
Os parlamentares receberam uma pasta com a íntegra da proposta do Executivo para a Comissão da Verdade e das leis que criaram a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, de 1995, e a Comissão de Anistia, de 2002.
Na conversa, Jobim assegurou que o assunto é prioridade do governo Dilma Rousseff e que não há divergências internas, como ocorreu no governo do ex-presidente Lula.
Sobre os embates que teve com Paulo Vannuchi, ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Jobim disse que a discussão evoluiu e que está afinado com a atual ministra, Maria do Rosário.
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